O Senhor Jesus nos ensinou a “Amar a Deus sobre todas as coisas.” e também a “Amar ao próximo como a nós mesmos.”
Nós vemos isso em (Lc 10.27)
Isso é tão importante, e deve ser falado tantas vezes, até que se estabeleça na nossa mente e esteja sempre presente nas nossas vidas.
Para ajudar no nosso entendimento, Ele ainda complementou:
“aquele que não ama ao seu irmão, a quem vê, como pode amar a Deus a quem não vê?” Esse é o texto de:
(1 Jo 4.20)
“20. Se alguém declarar: “Eu amo a Deus!”, porém aborrecer a seu irmão, é mentiroso, porquanto quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não enxerga.”
Nós podemos entender que é no exercício do amor ao nosso próximo que nós mais exercitamos a nossa santificação (que é progressiva). Estamos nos referindo àquele Amor Àgape com o qual Jesus nos amou e nos ensinou.
E assim nós vamos crescendo na direção do Reino dos Céus.
A essa altura nós perguntamos: E nós, cristãos, já estamos próximos desta condição de “varões perfeitos?”
Aquela condição que está descrita em:
(Ef 4.13)
“13. até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, “
Irmãos, a coisa que mais dificulta o relacionamento entre nós, seres humanos, são as nossas atitudes; elas nos colocam sempre na condição de agressores ou de agredidos. E por conta disso, nós temos essa imperiosa necessidade de nos perdoarmos mutuamente para nos enquadrarmos nas exigências do Evangelho do Senhor Jesus.
Isso não é fácil!
Essa é a força da luta entre a carne e o espírito e quase sempre nós falhamos. Falhamos porque aceitamos de bom grado perdoar aqueles a quem nós amamos, mas resistimos bravamente em perdoar aqueles de quem nós não gostamos.
E ainda assim, aqueles a quem amamos só serão perdoados se não pisarem muito forte nos “nossos calos.”
Aprender a perdoar ao nosso próximo, já é um grande passo para satisfazer o amor de Jesus, porque para ELE todos somos filhos; e isso é tão importante que ELE nos deixou no SEU Evangelho, lá em:
(Mt 18.21-22)
“21. Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?“
(Pedro achou que já estava sendo bonzinho.)
“22. Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete “
E o Senhor Jesus segue explicando:
(Mc 6.14.15)
“14. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará;“
“15. se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”
(Lc 6.37)
“37. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; “
(Ef 4.32) “32. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.”
(Cl 3.13) “13. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; “
(Mc 11.25-26) “25. E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. “
“26. Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas“
Visto tudo isso, o que é que nós fazemos?… Torcemos o nariz, mostrando o nosso “desagrado.” Nos esquecemos de que:
– Houve um dia em que nos apresentamos diante de Deus e então nós pedimos perdão a ELE; por todos os pecados que nós já havíamos cometido anteriormente.
– Houve também dias em nossas vidas em que nós pedimos perdão a outras pessoas; porque havíamos falhado com elas.
– Também houve dias em que nós estivemos dependentes de ser
perdoados por outras pessoas; mesmo sem termos pedido perdão a elas.
– E ainda houve dias em que nós precisaríamos ter liberado o perdão para o nosso próximo; mas por algum motivo, nós não o fizemos.
Em todas essas situações, e em alguma outra semelhante que não mencionei aqui, nós estivemos dependentes de um outro alguém; dependentes de um relacionamento com o nosso próximo. E qual era essa dependência?
– Nós estávamos dependentes do perdão! De perdoar e de ser perdoados.
O tempo todo a nossa maior dependência é de perdoar! Precisamos aprender a viver uma vida de perdão.
Observe que quando nós perdoamos, nós crescemos em Amor; mas quando somos perdoados, quem cresce em Amor é quem nos perdoou.
O perdão é a essência da manifestação do Amor de Cristo em nós mesmos.
Não importa a quem, não importa quando, e nem importa como; o importante é que nós exercitemos essa capacidade de perdoar ao nosso semelhante.
É o exercício do perdão que aperfeiçoa em nós o amor de Cristo e tudo o que podemos almejar nesse mundo, é sermos cada vez mais, perfeitos imitadores de Cristo.
Alguém conhece uma outra forma de sermos contados entre os Salvos do Senhor?…
(1 Jo 4.16)
“Portanto, dessa forma conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos plenamente nesse amor. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.”
(Ef 5.1)
“Portanto, sede imitadores de Deus, como filhos amados.”
O texto do Evangelho de: (Mt 18.23-35) –– fala sobre um acerto de contas entre um Senhor – um Rei, com os seus servos – seus devedores.
Essa, é uma das parábolas de Jesus.
O nome dessa parábola é “O servo que não perdoou”, e ela está nos ensinando sobre o exercício do perdão.
Nessa parábola, o Senhor está comparando o Reino dos Céus com um Rei que decidiu acertar contas com os seus devedores. Certamente, a figura desse Rei é símbolo da figura do Criador que acertará contas conosco no Grande Dia do Senhor.
Sendo trazido à sua presença um servo que lhe devia muito, pela Justiça o condenou; mas como o servo suplicasse por seu perdão, aquele Senhor perdoou-lhe a dívida e o deixou ir embora livre.
Entretanto, quando saía já livre, encontrou com um dos conservos que lhe devia – e nem lhe devia tanto.
Agarrando-o então, esbravejava contra ele dizendo “Paga-me o que me deves”.
Embora o seu conservo lhe suplicasse paciência, que tudo lhe pagaria, ele não perdoou e ordenou que o seu devedor fosse trancafiado na prisão, até que lhe pagasse tudo o que lhe devia.
Vendo o que acontecia, outros conservos daquele homem foram contar ao Rei o que estava acontecendo, e o Rei mandou chamar novamente aquele servo à sua presença.
Então, disse-lhe o Rei:
Servo perverso, não devia você compadecer-te de quem lhe devia assim como eu me compadeci de ti?
E por sentir-se insultado, aquele Rei mandou lançá-lo no calabouço até que lhe pagasse tudo o que lhe era devido.
E a parábola de Jesus encerra com a frase:
(Mt 18,35)
“35. Assim também o meu Pai celestial vos fará, a cada um, se de todo o coração não perdoardes cada um a seu irmão”.
Por essa parábola nós aprendemos que, não importa tudo o que você possa ter ganhado como benefício para sua própria vida; pela simples falta de perdão em seu coração, você poderá perder tudo aquilo que já tiver conquistado.
O perdão se faz indispensável em nós, especialmente quando nós manifestamos um sentimento de mágoa no nosso coração.
A mágoa é uma obra da carne, e em nada está ligada aos frutos do espírito que nós devemos sempre cuidar de manifestar;
Pela mágoa nós mergulhamos na carne – pelo perdão nós nos aproximamos de Deus.
Precisamos, como cristãos que somos, estar sempre atentos para agradar a Deus, em tudo.
Especialmente pelo exercício dessa virtude maravilhosa chamada perdão.
Quando nós conseguirmos imitar ao nosso Senhor, então estaremos cheios de virtudes assim como Ele nos ensina e nos incentiva a estar.
Estar em Cristo Jesus é estar em plenitude de Amor. E foi para o Amor que Deus nos criou!
“Que o Espírito Santo de Deus acolha a cada um de nós nos Seus abraços de poder, abra os nossos olhos espirituais, e nos permita tem plena compreensão da proposta do Evangelho de Cristo para nossas vidas.
Ensina-nos, Senhor, a amar e a perdoar sempre!
Deus abençoe a sua vida!
Amem!