No Livro de (Números, cap.22 ao cap.24) nós encontramos as 4 tentativas de Balaque, que era o rei dos moabitas, tentando fazer com que Balaão amaldiçoasse ao povo de Israel.
Balaão era, na verdade, considerado um profeta pelos povos gentios que nada tinham a ver com o povo de Deus.
E o próprio Balaão era um gentio e nada tinha a ver com Deus ou com o Seu povo.
Ele não passava de um mercenário que profetizava o bem para aqueles que bem lhe pagassem, e era tido por profeta porque a sua prática envolvia magia e adivinhações.
A história e a experiência nos mostram que profetas mercenários do tipo de Balaão são encontrados a granel nos dias atuais.
Entretanto, Balaque, que era rei dos moabitas, mandou chamar Balaão para profetizar contra Israel
Bem, para tudo existe um motivo, então vamos falar dele agora:
O Livro de Êxodo relata que Moisés liderava o povo através do deserto, saindo do Egito em direção à terra prometida a Abraão, Isaque e Jacó.
Moisés enviava solicitação de permissão para atravessar terras estrangeiras, mas ao passar pelas terras dos Amorreus, esses entraram em guerra contra Israel.
Em resposta, Israel derrotou e tomou posse de todas aquelas terras dos Amorreus, vizinhas das terras de Moabe.
Por esse motivo, o rei de Moabe teve medo e mandou chamar o profeta Balaão, para que profetizasse sua vitória e amaldiçoasse ao povo de Deus.
No início dessa história, Balaão havia sido advertido por Deus para não dizer outra coisa senão aquilo que o Senhor mandasse.
Deus autorizou Balaão a ir ter com Balaque, mas, como reforço à advertência feita a Balaão, o Senhor colocou um anjo no seu caminho o qual intentou matá-lo reforçando que ele deveria falar apenas aquilo que o Senhor mandasse, nada mais.
Por 4 vezes o rei de Moabe insistiu, e a resposta de Balaão foi que não era possível amaldiçoar aquele povo a quem Deus havia abençoado.
Ainda que Balaque houvesse feito promessa de bens e glórias pelas bênçãos de Balaão, a seu favor e contra o povo de Deus, ainda assim Balaão não poderia amaldiçoar aqueles a quem Deus havia abençoado.
Asim diz a Palavra em:
(Nm 23.23) “Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel…”
Nesse texto nós encontramos a resposta sobre toda e qualquer tentativa de gerar maldição sobre o povo de Deus. Isso nunca vai funcionar, pois:
“Contra Jacó não vale encantamentos” (Nm 23.20-23) … ou seja: “Contra o povo de Deus não vale encantamentos”.
O que a Palavra está ensinando é que não pode existir nenhum tipo de maldição que tenha autoridade de alcançar a vida de qualquer cristão.
Uma vez convertidos, agora nós estamos sob o jugo de Deus, agora nós somos filhos do Senhor.
Com isso nós entendemos que somos, todos nós, guardados e protegidos pela santa mão de Deus.
E ponto final.
Mas…
É aí que surgem perguntas:
Então, como se explica que alguns crentes tenham sobre suas vidas, algum tipo de maldição em andamento?
E como se explica a necessidade de tantas campanhas de “quebra de maldição“ nas igrejas?
“Quebra de maldição“ é a mesma coisa que “Libertação“
E a resposta é que a Palavra também nos ensina, que nós deveremos viver em obediência ao Senhor.
Se nós nos desviamos do mal, esse não terá nenhuma autoridade sobre nossas vidas;
Isso quer dizer que, se formos obedientes ao Senhor e à Sua santa Palavra, então sim: “Sobre o cristão não vale encantamentos”.
É quando nós damos uma “fugidinha” e cedemos ao pecado, caindo em tentação, então sim, sem dúvidas estaremos autorizando ao Diabo a fazer em nossas vidas o estrago que ele desejar.
E quando o Diabo se manifesta cumprindo algumas maldições antigas em nossas vidas, nós ficamos à sua “mercê” porque nós mesmos aceitamos, nós mesmos pedimos por uma punição do mal contra nós.
É por isso que, nós vemos tanta necessidade dessas correntes de “quebra de maldição,” ou de “Libertação” que são tão concorridas e que nós sempre vemos acontecendo nas igrejas.
As pessoas sabem muito bem como cair nas garras do Diabo; o que elas não sabem é como se livrar delas.
Por isso essas correntes de libertação são sim, muito necessárias para a libertação do povo de Deus; porque nós ainda somos desesperadamente falhos no quesito “obediência a Deus”. Somos desesperadamente falhos no quesito “fugir do pecado”.
Entretanto, se nós nos libertarmos cada vez mais do pecado, cada vez menos o Diabo poderá nos afligir com seu “cardápio“ de maldições feito sob encomenda para cada um de nós.
E como nós poderemos conseguir isso?
Sempre será conforme a Palavra nos tem ensinado:
“Conhecendo ao Senhor” para saber com segurança o que Ele espera de cada um de nós
E,
“Obedecendo ao Senhor” para sermos plenamente protegidos debaixo da Sua santa mão.
Então, aí sim:
“Nenhum mal te sucederá “
E,
“Praga nenhuma chegará a Tua tenda”
Mas e Balaão, como terminou a sua história?… Foi assim:
Quando nós lemos o texto bíblico fica bem claro que Balaão obedeceu ao Senhor e fez tudo conforme Ele tinha ordenado.
No final do Livro de (Nm, cap.24) Balaão se separa do rei de Moabe e volta para casa.
O que a Bíblia não revela é que Balaão, apesar de ter sido obediente ao Senhor, revelou ao rei Balaque a forma de derrotar Israel.
No início do (Nm, cap.25) o rei Balaque enviou para o meio do povo de Israel, lindas mulheres, as quais levaram o povo de Deus a relações sexuais ilícitas e imorais. Essas mulheres os influenciaram a participar de festas e holocaustos oferecidas a seus deuses.
Israel se prostrou em adoração a deuses estranhos e isso acendeu a ira de Yahweh contra Israel.
Mas no final, podemos ver no Livro de (Nm, cap.31) que, finalmente em batalha contra os Moabitas, Israel venceu e matou a espada 5 reis Moabitas.
E junto com eles, mataram também a Balaão. Filho de Beor.
É, Balaão tentou “enganar a Deus”… como se isso fosse possível.
Que Deus abençoe a cada um de todos nós, hoje e sempre.
Amém!
Subsídio Teológico: (Nm, cap.22) – (Nm, cap.23) – (Nm, cap.24) – (Nm, cap. 25.1-5) – (Êxodo, a saída do Egito)
Data: 08/10/21 – Um texto de pastor Roberto Mazzei .